sábado, 30 de janeiro de 2010
O risco da troca: Kléber/Farías
Se depender dos leitores do "Outra Visão" o Sporting já ganhou a Taça de Portugal
- Sporting 48%
- Sp. Braga 24%
- FC Porto 18%
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Explorando clubes (quase) desconhecidos - Carl Zeiss Jena (ALE)
Olho Clínico - Víctor Cáceres (PAR)
Os desafios do Sporting de Braga
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Rúben Micael e a adaptação ao FC Porto
Análise ao sorteio da Taça da Liga
Ironia das ironias, o FC Porto, que sempre encarou a Taça da Liga com algum desdém e que sempre utilizou uma espécie de equipa B em todos os encontros que realizou, acabou por ser bafejado pela sorte e terá pela frente o "outsider" Académica. Ainda assim, os portistas terão de se aplicar mais do que fizeram na fase de grupos, pois, caso contrário, poderão sofrer um dissabor, pois a Briosa não é uma equipa qualquer e, estando tão perto, dará tudo para disputar a final.
Meias-Finais:
Sporting vs Benfica
FC Porto vs Académica
Olho Clínico - Sotiris Ninis (GRE)
Apesar de só ter 19 anos de idade, Ninis já actua no seu actual clube (Panathinaikos) há três anos e tem deslumbrado todos os que têm o prazer de o ver jogar. Conhecido como o Kaká helénico devido às parecenças na forma de jogar e na capacidade de construção de jogo e finta, o fantasista grego já foi considerado pelo "Don Balon" como uma das melhores dez promessas do futebol mundial.
Podendo jogar tanto a nº10 como a ala direito, Sotiris Ninis é um daqueles jogadores desequilibradores por natureza, que gosta de partir para cima dos defesas e aprecia fazes passes de ruptura. Com apenas 173cm, beneficia da estatura baixa, para rápidas mudanças de velocidade e posição que colocam os seus oponentes em constantes dificuldades.
Apenas uma época repleta de lesões (2007/08) evitaram uma ascensão mais rápida no futebol mundial, contudo, em Outubro de 2009, já se falou do interesse de clubes como o Milão e o M. United na sua contratação.
Ainda assim, é no Panathinaikos que este prodígio continua a brilhar. Procurem-no num jogo dos atenienses na Liga Europa ou num encontro da selecção grega e deliciem-se com o seu talento.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Emigrantes - Afinal o Special ainda é Special
Análise à participação de Angola na CAN
Sou sincero, acreditei que seria possível ver Angola campeã de África. Foi a primeira vez que vi uma equipa angolana bem distribuida no relvado, solidária e competente, mas sem perder aquela que é a génese do seu futebol, aquela rebeldia e aquele tempero picante que tornam o futebol africano tão especial.
Tirando aqueles 10/15 minutos desastrosos no encontro inaugural com o Mali, Angola empolgou-se e soube refrar os ânimos, desfrutou e sofreu, lutou e descansou. No fundo, fez sempre aquilo que tinha de fazer e, nesse aspecto, o mérito é de Manuel José. Foi pena a falta de sorte no encontro com o Gana, materializada naquele golo de Gyan, pois Angola merecia mais.
Descobrimos, ainda, dois grandes jogadores angolanos e que, por certo, merecem outros palcos: o trinco Chara (pena já ter 28 anos), que apareceu como substituto de André Makanga e, curiosamente, pareceu bem melhor do que o ausente; e Job um avançado jovem, rápido e técnicista, que demonstrou aquela mesma alegria que tinha Mantorras nos seus velhos tempos do Alverca.
Assim sendo, e apesar da eliminação nos quartos de final, os angolanos têm de levantar a cabeça, pois o futuro é risonho.
Olho Clínico - Edgar Manucharyan (ARM)
No entanto, nasceu na Arménia um dos maiores talentos do futebol europeu, que, após uma fase difícil da carreira recheada de lesões, está, aos 23 anos, a renascer no Haarlem da segunda divisão holandesa: Edgar Manucharyan.
Trata-se de um polivalente avançado arménio (joga em todas as posições do ataque) que iniciou a carreira profissional aos...15 anos no FC Pyunik Erevan e, entre 2002 e 2005, marcou 40 golos em 53 jogos, chamando a atenção do Ajax que não perdeu tempo na contratação do jovem prodígio.
Contudo, após um bom início pela equipa de Amesterdão, Manucharyan começou a ter uma série de lesões que o impediram de singrar no Ajax. Na verdade, o arménio dividia o seu tempo entre a enfermaria e o Jong Ajax (equipa de reservas dos holandeses).
Assim sendo, foi sem surpresa que, no início desta época, Manucharyan foi emprestado ao Haarlem, onde tem sido aposta constante e tem se destacado (14 jogos, 6 golos), mostrando as suas qualidades que passam pela técnica apurada, velocidade e frieza na hora de rematar à baliza.
Um jogador para seguirem num qualquer desafio da selecção da Arménia.
Análise ao sorteio da Taça de Portugal
Ainda assim, não aceito muito bem essa designação, até porque o líder do campeonato é outro e dá pelo nome de Sporting de Braga. Os arsenalistas, por sua vez, recebem o Rio Ave e são favoritos para chegarem às meias finais da competição.
Já o finalista vencido da época passada, o Paços de Ferreira, irá receber o secundário D. Chaves e, na teoria, é favorito, todavia, os flavienses já provaram que não são uma presa fácil.
Por fim, o jogo aparentemente menos emocionante será o desafio que colocará frente a frente, Pinhalnovense da II divisão e a Naval. Contudo, neste encontro, a emoção passa pelo facto da equipa secundária jogar em casa e, como tal, poder agigantar-se e, quiçá, fazer taça. Os verdadeiros amantes do futebol (menos os navalistas claro) torcem por isso...
Quartos de Final (02/02/2009)
FC Porto vs Sporting
Sp. Braga vs Rio Ave
P. Ferreira vs Chaves (LH)
Pinhalnovense (II) vs Naval
domingo, 24 de janeiro de 2010
Renascidos da bola - Mario Bolatti (ARG)
E o melhor futebol da CAN para os leitores do "Outra Visão" é o do...Egipto
Uma distinção justíssima para uma equipa que tem dominado o futebol africano e que apenas por manifesta infelicidade não vai estar presente no Mundial 2010.
Nesta sondagem, Angola ficou em segundo lugar e a Costa do Marfim quedou-se pela terceira posição.
- Egipto 44%
- Angola 38%
- Costa do Marfim 18%
sábado, 23 de janeiro de 2010
Rui Patrício - O paradoxo físico
Olho Clínico - Eden Hazard (BEL)
http://www.youtube.com/watch?v=VQTyv2oh5AA&feature=fvst
O melhor onze - FC Porto
Parece-me, ainda assim, que o FC Porto tem plantel para fazer melhor e é preciso haver coragem para retirar Raul Meireles do onze, pois ele é, na minha opinião, a peça que está a encravar a fluidez do jogo azul e branco.
Assim sendo, irei explanar aquela que seria a minha visão do melhor onze do FC Porto. Uma equipa mais criativa e imprevisível.
Na baliza, jogaria aquele que entendo ser, de longe, o guarda-redes que dá mais garantias aos dragões (Helton). Um guarda-redes seguro e com uma qualidade muito importante no futebol moderno: lança muito bem o ataque.
Em relação ao habitual quarteto defensivo azul e branco, também não modificaria nada. Álvaro Pereira, à esquerda, seria o lateral mais ofensivo e Jorge Fucile, na direita, seria o lateral com mais preocupações defensivas. A centrais, estariam o xerife Bruno Alves e Rolando. Dois jogadores que além de serem seguros a defender, são muito bons em bolas paradas, tanto defensivas como ofensivas. O xerife tem ainda a vantagem de sair muito bem para o ataque e de poder ser um ponto de partida para os ataques portistas.
No miolo, jogaria um trinco que, não tendo muita técnica, é um prodígio na destruição de jogo (Fernando). À frente dele, e ligeiramente descaído para a direita para compensar a menor capacidade ofensiva de Fucile, jogaria Guarín. Este jogador, pelas suas características, seria uma espécie de Box to Box e faria a ligação entre o destruidor Fernando e o criativo Belluschi, que jogaria solto a nº 10, com poucas preocupações defensivas e total liberdade para criar jogo ofensivo para os azuis e brancos.
No ataque, dois alas/extremos rápidos, criativos e com excelente capacidade no um para um (Rodríguez e Varela) e um ponta de lança que é um goleador e, acima de tudo, um rato de área (Falcao).
Utilizando ainda Hulk, na segunda parte, para martirizar as defesas contrárias, esta seria uma equipa do FC Porto, que lutaria, sem problemas, pelo título nacional.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Análise à 1ª fase da CAN
Olho Clínico - Emilio Izaguirre (HON)
Explorando clubes (quase) desconhecidos - Stade Reims (FRA)
As faltas de respeito - Parte II
As faltas de respeito - Parte I
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Voltou a festa da Taça
Desde sempre, a prova rainha do futebol nacional foi, também, a mais democrática. Clubes como o V. Setúbal, Braga, Leixões, Académica e Beira-Mar "aproveitaram-na" para escrevem o seu nome no livro de conquistas do futebol português. A Taça teve, na verdade, sempre esse condão. Uma fuga à monotonia das conquistas, um fugaz combate à ditadura que os três grandes sempre assumiram no nosso desporto rei.
Todos lembramos clubes como o Gondomar, o Tirsense ou o Atlético com um enorme sorriso. Todos ansiamos por saber quem poderá ser o novo tomba gigantes, o novo nome que nos garante que o futebol não é, nunca foi, nem nunca será uma ciência exacta e continuará sempre a ter essa magia.
Hoje têm início os oitavos de final e, curiosamente, o Mafra até vai a Alvalade...
Oitavos de Final (Taça de Portugal 2009/10)
Hoje:
Camacha (II) vs Pinhalnovense (II) 15h
Nacional vs Paços de Ferreira 16h
Aliados (II) vs Naval 16h
Rio Ave vs V. Guimarães 19h
Freamunde (LH) vs Sp. Braga 19:30h
Belenenses vs FC Porto 20:45h
Sporting vs Mafra (II) 21h
Domingo:
D. Chaves (LH) vs Beira-Mar (LH)
Olho Clínico - Mexer (MOÇ)
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
A Ressureição do Sporting (Parte II) - O efeito João Pereira
O melhor onze - Marítimo
O Marítimo, tal como o V. Guimarães, é uma equipa que tem um plantel de qualidade muito acima da média. Jogadores como Djalma, Peçanha, Manu ou Alonso são exemplos de atletas muito acima da média e que deveriam, facilmente, catapultar os insulares para uma classificação acima da que têm actualmente (9º lugar).
No entanto, sabemos que, por vezes, não é fácil agarrar num grupo de bons jogadores e fazer uma equipa. A escolha do onze base nem sempre é fácil e, muitas vezes, a escolha de este ou aquele jogador tem de ser feita em função do que ele trás ao colectivo e nem tanto pelo valor individual do mesmo. Assim sendo, este seria o meu onze do Marítimo.
Um guarda-redes seguro e regular (Peçanha) comandaria uma linha defensiva de quatro elementos bastante equilibrada com dois laterais que sabem defender e atacar (Alonso e Paulo Jorge) e dois centrais que, sem serem exuberantes ou fora de série, são relativamente seguros (Fernando e Róbson).
No miolo do terreno, apostaria na dupla: Olberdam e Roberto Sousa. Dois médios centro que garantiriam boa capacidade de recuperação de bolas e, acima de tudo, têm excelente capacidade de transição tanto ao nível defesa-ataque, como ataque-defesa. Estes elementos seriam o ponto fulcral do onze e da boa forma deles dependeria grande parte do sucesso táctico do mesmo.
A nº 10 apostaria claramente em Marcinho. Um desequilibrador nato, mas que é altruísta o suficiente para saber decidir quando deve fazer uma jogada individual ou um passe de morte.
Por fim, e também um dos segredos do onze, passava pela utilização de três avançados em constante movimento: Djalma, Pitbull e Manu. Estes têm características que lhes permitem, facilmente, mudar constantemente de posição e, assim, baralhar as marcações das defensivas contrárias. Além disso, a boa capacidade individual do trio iria forçar os adversários a cometerem muitas faltas e a verem cedo cartões o que os condicionaria rapidamente no desafio.
Utilizando Baba como arma secreta, em situações em que as características do jogo forçassem um futebol mais directo, este seria um onze para o Marítimo lutar pelo quinto/sexto lugar.
Olho Clínico - Emad Moteab (EGI)
O egípcio Emad Moteab, atacante do Al-Ahly, é um desses exemplos. Goleador com provas dadas no campeonato do Egipto (172 jogos, 98 golos) e selecção dos Faraós (55 jogos, 25 golos), foi permanecendo no campeonato norte-africano, com excepção de uma temporada, por empréstimo, no Al-Ittihad da Arábia Saudita onde também brilhou (25 jogos, 13 golos).
Avançado rápido e com boa técnica, Moteab faz do oportunismo o seu principal predicado, parecendo estar sempre no sítio certo para fazer o golo.
Em tempo de CAN e onde Emad até já fez um tento, convido-vos a verem o próximo jogo dos egípcios e a procurarem por este avançado, que, por certo, vai confirmar ser um dos goleadores da actualidade.
Explorando clubes (quase) desconhecidos - Trabzonspor (TUR)
E o melhor jogador da Liga Sagres para os leitores do "Outra Visão" é... Javier Saviola
Esta distinção apenas vem de encontro à grande época de Javier Saviola, que tem sido, provavelmente, o jogador mais influente do Benfica de Jorge Jesus.
Em segundo lugar ficou o sportinguista Liedson e, em terceiro, ficou o também benfiquista Ramires.
Resultados Finais:
- Javier Saviola (SL Benfica) 55%
- Liedson (Sporting CP) 33%
- Ramires (SL Benfica) 12%
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Taça da Liga - O paradoxo
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Explorando clubes (quase) desconhecidos - Larissa (GRE)
O AEL 1964 ou AE Larissa é um clube sediado na cidade de Larissa e é o único clube fora das cidades de Atenas e Salónica a vencer um campeonato grego.
Este clube foi formado em 1964 como AE Larissa, mas teve de mudar a sua designação para AEL 1964 devido a diversos problemas económicos que culminaram na bancarrota. O Larissa, que resultou da fusão de quatro pequenos clubes, teve como ponto alto da sua história a conquista da Liga Grega em 1988.
Todavia, após este triunfo, o clube helénico vendeu grande parte dos seus jogadores chave, entrando num declínio que teve como ponto mais negro a descida à terceira divisão.
Ainda assim, o clube lentamente saiu do poço, festejando, no final de 2004/05, a subida à Alpha Ethniki (1ª Divisão da Grécia). A conquista da Taça em 2006/07 e o 5º lugar no campeonato 2008/09 só provam o renascimento deste clube e a sua colocação como quinta força do futebol grego após Olympiakos, Panathinaikos, AEK e PAOK, provando, assim, que é possível renascer das cinzas.
DADOS DO CLUBE:
Nome completo: PAE Athlitiki Enosi Larissas 1964
Alcunha: Vasilissa tou Kampou (Rainha das Terras Baixas)
Fundação: 1964
Estádio: Alkazar (13108 espectadores)
Equipamento: Camisola, Calção e Meias: Vermelho Tinto
Principais Títulos: Liga Grega (87/88) e Taça da Grécia (84/85 e 06/07)
Presidente: Konstantinos Piladakis
Treinador: Marinos Ouzounidis
Equipa tipo: Viera; Venetidis, Dabizas, Katsiaros e Aarab; Metin, Kyriakidis, Iglesias e Romeu; Ricardo Jesus e Simic
Olho Clínico - Eliran Atar (ISR)
Análise ao Sorteio do Mundial - Grupo B (Argentina, Nigéria, Coreia do Sul e Grécia)
À partida a Argentina será a grande favorita, mas, treinada por um treinador do calibre de Diego Maradona, poderá sempre dar azo a surpresas, pois qualquer uma das outras três selecções, num bom dia e de maneira diferente, poderá dar dissabores à equipa das Pampas.
Ainda assim, ninguém pode negar a superioridade da Argentina. Com jogadores que percorrem os melhores clubes e campeonatos do mundo, os sul-americanos são claramente a equipa com mais soluções neste Mundial. Uma selecção que, em condições normais, é sempre candidata a vencer o certame.
Tevez, Messi e Agüero são apenas três dos nomes que rapidamente colocam qualquer amante de futebol a sonhar e a Argentina tem o prazer de os poder por, aos três, juntos num ataque de sonho.
Infelizmente, é o maior nome de sempre do futebol argentino (Maradona) que se tornou o calcanhar de Aquiles dos sul-americanos, pois, após aquela fase de qualificação tão sofrida, nunca se sabe que Argentina aparecerá em África.
Equipa tipo: Sérgio Romero; Heinze, Demichelis, Coloccini e Zanetti; Cambiasso, Mascherano e Aimar; Messi, Agüero e Tevez
Quem também passou por dificuldades na qualificação para o Mundial 2010 foi a Nigéria, que precisou de uma ajuda de Moçambique (venceu a Tunísia na última jornada), para chegar à África do Sul.
Apesar de estar longe das grandes equipas nigerianas de 94 e 98 (Okocha, Amunike, Finidi...), esta equipa africana até pode surpreender, mas para isso não pode cometer os erros típicos das equipas africanas e que sempre evitaram que as super-águias fossem mais longe que os oitavos de final de campeonatos do Mundo.
Assim sendo, a distância entre o segundo lugar do grupo e uma viagem rápida para casa, estará na capacidade de resposta de jogadores experientes como Martins, Kanu e Yobo e na forma como estes consigam ajudar os restantes a disfarçarem os crónicos erros das selecções africanas em Mundiais.
Equipa tipo: Enyeama; Yobo, Taiwo, Nwaneri e Apam; Obi Mikel, Olofinjana e Yussuf; Martins, Yakubu e Odemwingie
Quem teve uma qualificação fácil para o Mundial foi a Coreia do Sul, que passeou superioridade no grupo asiático e venceu-o com clareza.
Longe das equipas de 86 ou 90 (saudades de Kim Joo-Sung...) onde a eliminação era uma certeza, mesmo antes do pontapé de saída, os asiáticos são agora uma equipa muito mais dotada, com jogadores de muita qualidade como Park Ji-Sung ou Seol Ki-Hyeon.
Ainda assim, tendo em conta a concorrência, duvido que os sul-coreanos consigam atingir o apuramento num grupo deste calibre.
Equipa tipo: Lee Won-Jae; Oh Beom-Seok, Cho Yong-Hyung, Kim Dong-Jin e Lee Young-Pyo; Park Ji-Sung, Kim Jung-Woo, Cho Won-Hee e Kim Nam-II; Seol Ki-Hyeon e Park Chu-Young
A mais matreira das selecções do grupo, a Grécia, precisou de ir ao playoff (venceu a Ucrânia) para chegar a este Mundial.
Surpreendentemente, os helénicos apenas disputam o seu segundo campeonato do mundo e no único que jogaram (EUA 94) fizeram uma péssima figura, acabando eliminados na 1ªfase com três derrotas, zero golos marcados e dez golos sofridos.
Ainda assim, os gregos aparecem confiantes para este certame, pois aparecem com uma velha raposa ao leme (Otto Rehhagel), técnico que já levou os helénicos a uma surpreendente vitória no Euro 2004 e jogadores de grande nível como Samaras, Karagounis ou Katsouranis.
Se não entrarem com excesso de confiança neste grupo, os gregos são favoritos a alcançarem o segundo lugar e consequente apuramento para os oitavos de final.
Equipa-tipo: Tzorvas; Kyrgiakos, Vyntra, Papastathopoulos, Spiropoulos e Moras; Katsouranis e Karagounis; Samaras, Charisteas e Salpingidis
Classificação final: A minha aposta
- Argentina
- Grécia
- Nigéria
- Coreia do Sul
Renascidos da bola - Mauricio Pinilla (CHI)
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
O melhor onze - Vitória Guimarães
Com uma equipa com boas soluções para quase todas as posições, os minhotos estão, finalmente, a encontrar uma boa regularidade exibicional e, também, de resultados. A essa situação não se pode negar o mérito a Paulo Sérgio que trabalhou muito bem a equipa e colocou-a uns bons furos acima.
Ainda assim, existe sempre um onze, que, acreditamos, é o melhor onze e aquele que potencia todas as qualidades de uma equipa. Na minha opinião este seria o do Vitória: Os vimarenenses, com este onze, teriam um guarda-redes muito seguro e experiente (Nilson), um lateral mais defensivo (Milhazes), que poderia ajudar no centro da defesa, em situações em que um dos centrais (Moreno ou Sereno) tivesse que dobrar, à direita, as subidas do lateral ofensivo (Andrezinho). Um cinco defensivo muito equilibrado e que garantia tanto uma defesa segura como um bom início do processo ofensivo, pois, por exemplo, Moreno é um jogador que sobe muito bem com a bola controlada.
No miolo, um trinco totalmente defensivo (Custódio) um jogador "box to box" que descairia um pouco para a esquerda para compensar o facto de Milhazes ser pouco ofensivo (João Alves) e um nº 10 puro que teria toda a liberdade para "inventar" o jogo ofensivo do Vitória (Nuno Assis). Um meio campo equilibrado e compacto, que teria no posicionamento de João Alves (mais à frente ou mais recuado) a nuance táctica para jogos contra equipas mais ou menos defensivas.
No ataque, tudo muito simples, dois extremos rápidos e tecnicistas que iriam fazer a vida negra aos laterais contrários (Desmarets e Targino) e um ponta de lança forte, possante, de remate fácil e com bom jogo de cabeça (Douglas) que pudesse tanto corresponder às assistências de Nuno Assis como a cruzamentos dos extremos e/ou laterais.
Com este onze como base, dificilmente o Guimarães terminaria o campeonato abaixo do quinto lugar.
Olho Clínico - Vincent Enyeama (NIG)
A evolução do futebol africano
Em 1982, os Camarões já mostraram um futebol bem mais competitivo, acabando mesmo a competição sem qualquer derrota (apesar de eliminados na 1ª fase...) e, em 1990, atingiram mesmo os quartos de final, onde apenas foram eliminados pela Inglaterra de Bobby Robson (2-3 a.p.).
Poderão vocês recordarem-me outros exemplos como a Argélia (82) ou Marrocos (86) (Olá Saltillo!), mas apenas me estou a debruçar no futebol da chamada "África Negra", pois sempre me pareceu o futebol mais talentoso e com mais margem de progressão de África, levando, ano após ano, a uma simples pergunta: Quando será uma Selecção africana campeã do mundo?
Com o sucesso dos Camarões em Itália, esperava-se que os africanos lapidassem melhor os seus defeitos e acreditava-se que, pelo menos em 1998 ou 2002, já houvesse uma equipa africana a lutar por esse título, contudo, isso nunca aconteceu.
As equipas africanas continuam a mostrar as mesmas qualidades e defeitos que a equipa de Roger Milla mostrou em 1982. Se têm técnica elevada, correm o tempo todo, são corajosos e solidários, também, demonstram desconcentrações incompreensíveis, jogam para o público quando deveriam segurar vantagens, demonstram agressividade exagerada o que custa cartões, etc.
Assim sendo, começa-se a acreditar que, independentemente de técnicos europeus ou sul-americanos, as selecções africanas vão sempre mostrar as mesmas qualidades e defeitos, que são, na verdade, inerentes ao seu código genético. Assim, ver futebol africano será sempre um carrossel de emoções como o jogo de ontem (Angola 4-4 Mali) em que uma equipa (Angola) sofreu três (!!!) golos a partir do minuto 88.
Nós, adeptos de futebol, continuamos a agradecer o futebol ofensivo e aquela pureza que só os africanos nos conseguem dar, todavia, é essa mesma magia que tanto nos cativa, que os afasta de ganharem uma grande competição...
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Olho Clínico - Gary Medel (CHI)
A Ressureição do Sporting?
Ontem, o Sporting estreou-se na Taça da Liga e da melhor maneira, pois venceu o líder do campeonato, Sporting de Braga, por 2-1. Ainda assim, e mais importante que a vitória, foi a notória subida de forma dos jogadores leoninos, que mostraram uma atitude que já muitos duvidavam que pudesse aparecer esta época.
Escalonado num 4-4-2 aparentemente clássico, o meio campo evidenciou algumas nuances curiosas. Miguel Veloso foi colocado na esquerda , mas, naturalmente, tendia a surgir muitas vezes no meio, pois é essa é a sua posição natural. Adrien e Moutinho jogavam no miolo, lado a lado, cabendo ao capitão do Sporting ser o jogador mais ofensivo do duo, ainda que, principalmente na primeira parte, Moutinho tenha tido muitas dificuldades diante da marcação de Madrid e Vandinho. Na direita, e mais uma vez mostrando ser um jogador muito acima da média, Izmailov, funcionou como um verdadeiro ala e foi um grande desequilibrador dos leões durante todo o jogo.
Curiosa foi também a dupla de ataque (Postiga-Saleiro) que perpetuou o apagamento do ex-portista (alguém o viu na segunda-parte?) e mostrou a subida de forma de Saleiro que, longe de ser um grande ponta de lança, poderá ser um jogador útil.
Quanto à defesa, esteve surpreendentemente segura, ainda que Rui Patrício continue a ser um guarda-redes muito inseguro nos cruzamentos, o que é estranho para um "keeper" tão alto.
Foi, todavia, uma equipa muito adulta, que soube ser paciente para se colocar em vantagem numa excelente abertura de Grimi para fantástica conclusão de Saleiro e soube reagir a um golo de Alan, no ínicio da segunda-parte, com enorme força de vontade e um colossal tento de Miguel Veloso. Uma equipa que suportou, até final e quase sem problemas, a pressão do Braga na procura do empate.
Será a ressureição do Sporting? Esperemos pelos próximos jogos?
PS: Matias e Vukcevic são dos melhores jogadores do Sporting, mas Carvalhal insistiu, pela segunda vez em colocá-los no banco. Será que o treinador dos leões continua a contar verdadeiramente com o chileno e o montenegrino? Será que Postiga é mais fiável que qualquer dos mesmos? Será que Miguel Veloso fora de posição é mais fiável do Vukcevic? Tudo isto é muito estranho...