Porque o futebol devia ser assim

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

As faltas de respeito - Parte I

Ainda ontem havia referido e enaltecido a magia da Taça e o gosto que me dava sempre que um pequeno clube batia o pé a um grande. Na verdade, grande parte da essência do futebol passa por aí. Passa pelo pontapé na lógica e pela negação do normal curso dos acontecimentos. Tenho a certeza que, se assim não fosse, o futebol nunca tinha chegado a metade do que representa hoje em todo o mundo.
Ainda assim, essa situação só tem valor quando deriva de duas equipas dignas e em que a teoricamente inferior se supera e consegue o que normalmente lhe seria impossível. Uma espécie de conto de fadas que, em campo, provam ser real.
Ora, o que aconteceu ontem em Alvalade, principalmente após o 4-1, foi algo de inqualificável. Foi ver uma equipa, o Sporting, a demonstrar uma profunda falta de respeito pelo adversário, Mafra. Uma equipa que, apesar de muito superior, se limitava a fazer correr o tempo, como que se o adversário não tivesse honra ou qualquer valor.
Este é um problema que acontece muitas vezes às equipas grandes que não percebem que uma vitória por 6 ou 7 a zero é maior prova de respeito ao adversário do que uma vitória tangencial, que apenas assim foi porque se jogou a 20% das capacidades.
Ontem, por demérito leonino, o Mafra ainda chegou ao 4-3, mas, provavelmente, aqueles jogadores teriam-se sentido bem mais orgulhosos se tivessem perdido por um resultado mais pesado, pois talvez fosse sinal de uma atitude mais digna dos verde e brancos.
Assim sendo, ficou a receita do jogo e quinze de minutos de fama para o avançado Zhang, ou eu não me lembrasse de Ivo Damas...

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